O acesso ao Espaço

O que é?

O Espaço como última fronteira... eis o desafio para a plena utilização de recursos de última geração nas telecomunicações, meteorologia, prospecção da superfície, dentre outros. A capacidade de construção de veículos e satélites, bem como seus lançamentos, são os assuntos que envolvem o Programa Espacial Brasileiro.

As ações do MCTIC na área Espacial objetivam fomentar a pesquisa e desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, visando à criação e fabricação de sistemas espaciais completos de satélites e veículos lançadores, bem como desenvolver tecnologias de guiamento, sobretudo sistemas inerciais e tecnologias de propulsão líquida. Segundo a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, as iniciativas que visam o domínio tecnológico do setor contemplam:

  • Desenvolver aplicações que exploram as tecnologias e os dados espaciais nas áreas de observação da Terra e de comunicações;
  • Promover a participação contínua e crescente da indústria nacional nos programas e projetos espaciais;
  • Implantar e atualizar a infraestrutura espacial básica (laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, centros de lançamentos, centros de operação e controle de satélites); e
  • Promover a formação e desenvolvimento de novas competências humanas para o setor espacial.

Fabricação de veículos lançadores e seus propulsores

Os foguetes ou veículos lançadores, como plataformas que lançam artefatos ao espaço com as mais variadas funções, abrange variada cadeia produtiva. Sondas e satélites fazem parte desse rol de artefatos. E o desenvolvimento dessa fabricação é estratégica, garantindo o acesso ao espaço pelo país.

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), aliado à indústria aeroespacial, concebeu e produziu um conjunto de veículos de sondagem, o qual proporciona a realização de inúmeros experimentos científicos e tecnológicos. Vários desses experimentos tiveram e têm fomento de linhas de crédito do MCTIC, através da FINEP. O país possui uma história bem-sucedida de lançamentos.

Fabricação e integração satelital

Um equipamento que propicia facilidades à vida moderna, nas residências, empresas, órgãos públicos, áreas de agropecuária e regiões inóspitas, é o satélite. Sua importância reside no fato de que, atualmente, não se concebe telecomunicações, meteorologia, sondagem atmosférica, imageamento de alta resolução sem o uso desses artefatos. Sem falar na gama possível de pesquisas com os mesmos.

As órbitas possíveis dos satélites artificiais são a polar e a equatorial. A primeira caracteriza-se por ser próxima ao eixo de rotação terrestre, permitindo passagens sobre todo o planeta, em planos inclinados em relação aos meridianos terrestres. No segundo caso, a órbita equatorial, o plano da órbita coincide com o plano do Equador terrestre. Os satélites que são posicionados numa órbita a cerca de 36 mil km de altitude completam um giro em torno da Terra em aproximadamente 24 horas. Trata-se da órbita polar geossíncrona. Nessa mesma altitude, numa órbita equatorial, o satélite parecerá imóvel visto da Terra, sendo denominada órbita geoestacionária.

Há uma importância estratégica em se deter o conhecimento para a fabricação satelital, atividade esta de altíssimo valor tecnológico agregado. O MCTIC busca, através da hélice tripla “academia-governo-indústria”, a maior amplitude da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação nesta área. Os programas de fomento aos satélites compreendem coordenações realizadas pelo MCTIC, através da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação que, com a promoção de encontros e participação em eventos, busca integrar demais setores do Ministério com as autarquias e órgãos externos que compõem o Sistema Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais.

Centros Espaciais

Os Cosmódromos ou Espaçoportos (outros nomes de tais centros) são áreas especiais, não só para a atividade de lançamento dos veículos espaciais, mas para a integração final de sistemas e subsistemas, com vistas à colocação de engenhos em órbita, ou mesmo para o lançamento como um fim em si mesmo, objetivando o incremento da pesquisa espacial. Normalmente, o Centro de Lançamento ou Centro Espacial tem também o recurso de rastreio dos engenhos espaciais.

Para melhor performance de subida até seu apogeu (ponto de máxima altura do voo do foguete), com o melhor aproveitamento da velocidade de rotação terrestre e uma consequente maior economia de combustível num lançamento de artefatos de alto peso, em órbita equatorial, nada como um Centro Espacial estar localizado próximo ao Equador terrestre. Com o oceano a leste do centro, atinge-se a segurança de que estágios do veículo (ou até o próprio, em caso de alguma falha no lançamento) precipitem-se sobre o mar.

A posição do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 2º18′ sul da linha do Equador, com o litoral atlântico a leste, consolida-o como uma das melhores localizações para lançamento no planeta.

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