O que é?

Os átomos de alguns elementos químicos apresentam a propriedade de, através de reações nucleares, transformar massa em energia. O processo ocorre espontaneamente em alguns elementos, porém em outros precisa ser provocado através de técnicas específicas.

Existem duas formas de aproveitar essa energia para a produção de eletricidade: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se divide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual dois ou mais núcleos se unem para produzir um novo elemento.

A fissão do átomo de urânio é a principal técnica empregada para a geração de eletricidade em usinas nucleares. É usada em mais de 400 centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Sul, Paquistão e Índia, entre outro. 

A matriz energética brasileira é composta por fontes que dependem de fatores climáticos, como chuvas, ventos e radiação solar; e também de fontes que independem desses fatores, como as que utilizam a queima de hidrocarbonetos (HC) ou a fissão nuclear. A geração termonuclear, além de ser economicamente competitiva em relação à geração baseada na queima de HC, apresenta vantagens ambientais, pois não produz gases que contribuem para o efeito estufa.

Ainda no campo das vantagens ambientais, uma usina termonuclear ocupa uma área em média 500 vezes menor do que uma usina hidrelétrica com lago reservatório. Estudos que constam do projeto chamado "Global Burden of Disease-2015" ("Custo Global das Doenças", em tradução livre) estimam que a poluição seja a causa de 5 milhões e 500 mil mortes prematuras por ano no mundo. Dessa forma, muitos países procuram substituir a geração a carvão por geração termonuclear, que não produz partículas nocivas à saúde nem, como já mencionado, gases que contribuem para o efeito estufa. Estudo publicado por pesquisadores do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA e do Instituto da Terra da Universidade de Columbia estima que a energia nuclear, desde o início de sua utilização, tenha sido responsável por salvar 1,84 milhões de vidas humanas, ao evitar a emissão de 64 gigatoneladas (Gt) de gases responsáveis pelo efeito estufa, além de outros poluentes, que seriam resultado da queima de combustíveis fósseis.

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