Novas Tecnologias em Aeronáutica

O que é?

Novas tecnologias em aeronáutica compreendem conceitos que abrangem a fabricação e operação de sistemas avançados, não só na indústria como nos operadores, sejam eles da aviação civil ou militar. O tráfego aéreo – em modelagem inovadora – também está aí contemplado.

O Brasil já detém posição de destaque internacional em projetos aeronáuticos. Aeronaves civis e militares, projetadas e produzidas no país, estão presentes em todo o mundo. Verdadeira estrada de êxito, desde nosso pioneiro Santos-Dumont, até os dias atuais, onde pesquisa e desenvolvimento em aviação caminham juntas. A indústria aeronáutica brasileira, desde o seu surgimento em 1935, com o voo do M-7 –  primeiro projeto de avião nacional produzido por uma fábrica no país – até o KC-390, maior projeto aeronáutico feito no Brasil, tem uma história de sucesso e, sobretudo, de ciência e tecnologia.

Indústria aeronáutica brasileira

A partir dos anos 1970 a industrialização brasileira passou a ser política de Estado. Com isso, a EMBRAER, criada em 1969 e privatizada em 1994, Tornou-se uma das quatro maiores fabricantes de aeronaves do mundo, contribuindo diretamente para a inserção do País no seleto rol de nações que detêm a tecnologia de projeto e produção em escala de aeronaves e sistemas embarcados, contribuindo ano a ano para o saldo positivo na balança comercial brasileira.

O início de tudo foi exatamente quando, nos anos pós II Guerra, homens de visão como Casemiro Montenegro Filho deram ao País a noção de importância estratégica no domínio da tecnologia aeronáutica. Daí, originou-se o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), aliado a um centro de pesquisas e desenvolvimento à sua volta, o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA). Com tal oportuna combinação, em um mesmo local, de uma escola de engenharia aeronáutica, institutos de pesquisa, de desenvolvimento e de certificação, o Brasil deu um fantástico salto tecnológico; salto duradouro que permanece até os dias atuais.

 

O projeto e a produção da aeronave do porte do KC-390 constitui um marco. Avançamos na construção, completamente nacional do software de controle de voo fly by wire, um dos grandes desafios atuais de qualquer indústria aeronáutica. A participação no projeto do Gripen NG também viabiliza o domínio de tecnologias de aeronaves supersônicas.

A manutenção da posição de destaque de nossa indústria aeronáutica exige o contínuo aperfeiçoamento de ações de Ciência, Tecnologia e Inovação nas áreas de materiais, eletrônica, aerodinâmica, projeto de estruturas, manufatura aeronáutica e componentes de sistemas, tudo de forma integrada com a formação e qualificação de profissionais e pesquisadores.

Premissas da indústria aeronáutica alcançadas com pesquisa e desenvolvimento incluem: inovações em materiais compostos; em materiais mais leves, mais resistentes, mais econômicos, menos poluentes e mais seguros. Também, pesquisas em biocombustíveis de aviação estão inseridas. Consequentemente, alcança-se uma relação peso/potência mais vantajosa, levando a um menor custo operacional.

A participação do MCTIC na indústria, no fomento através de linhas de crédito, contribuiu e contribui não só com o desenvolvimento tecnológico, mas também com a geração de empregos especializados.

O mais bem sucedido avião produzido no Brasil é o Super Tucano, sendo, inclusive, o primeiro avião fabricado fora dos Estados Unidos a ser utilizado pela Força Aérea Americana. A aeronave também já foi exportada para cerca de dez países, tornando-se o melhor equipamento em sua categoria, seja em missões de vigilância do espaço aéreo, de policiamento de fronteiras e de ações anti-guerrilha. Seu envelope de voo e capacidade de armamento o tornam um caça de baixo custo operacional, ideal também se empregado como treinador avançado para pilotos de caça.

Assim, o MCTIC articula e coordena ações de CT&I aeronáuticas, congregando as atividades dos diferentes órgãos públicos com a sociedade e a indústria, visando à ampliação de oportunidades e a superação de óbices no âmbito aeronáutico civil e militar.

Novas tecnologias para o controle do tráfego aéreo

O Sistema de Gerenciamento e Controle do Tráfego Aéreo reúne equipamentos de diferentes tecnologias. Os radares de detecção, integrados com radares meteorológicos, sensores ambientais, equipamentos de comunicação, bancos de dados robustos e informações eletrônicas fornecidas pelas aeronaves constituem os elementos que viabilizam o funcionamento do sistema, operado pelos controladores e pilotos.

Como um todo, esse tipo de tecnologia de sistemas compreende a integração de diversos subsistemas complexos, operando de forma cooperativa para atingir um objetivo comum. Tal conceito de “sistema de sistema” compreende a operação interdependente de cada um dos mesmos, bem como a sua integração em Centros Integrados de Controle de Tráfego Aéreo, tornando possível que os aviões cruzem os céus do País com elevado nível de segurança, pontualidade e economicidade, atendendo aos interesses das companhias aéreas e dos seus usuários.

O Brasil detém autonomia neste segmento tecnológico. Empresas brasileiras desenvolvem, realizam simulações técnicas e operacionais em laboratórios e suportam em serviço os diversos softwares de gerenciamento e de controle de tráfego aéreo; tanto os de aplicação civil quanto os militares.

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