Cooperação Internacional em C,T,I&C

Cooperação Internacional

Os temas de ciência, tecnologia, inovações e comunicações são, em essência, internacionais. Em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado, os avanços nessas áreas dependem crescentemente da colaboração entre países. Para alcançar seus objetivos de desenvolvimento sustentável e competitividade econômica global, o Brasil tem empreendido esforços contínuos de cooperação internacional para fortalecer o sistema de ciência, tecnologia e inovação e as políticas de comunicações do país.

No campo da C,T&I, a formação das principais instituições do país está associada à colaboração internacional. Na década de cinquenta, quando foram criados o CNPq, a CAPES, o IMPA, a CNEN e o ITA, contou-se com parcerias com os Estados Unidos, França e Alemanha, por exemplo. O marco que norteia as atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação no país é a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2016-2022). A partir das diretrizes da ENCTI, procurou-se complementar as capacidades nacionais por meio de atividades e projetos de cooperação internacional.
 
A base científica nacional apresenta importantes virtudes, como um amplo sistema de formação de doutores, atuação em um número significativo de áreas e uma produção de conhecimento considerável. A expansão do treinamento de pessoal no exterior proporcionada pelo Programa Ciência sem Fronteiras, por exemplo, respondeu também à necessidade de pessoal altamente qualificado por parte das empresas brasileiras. Outra prioridade nacional que pode se beneficiar colaboração com outros países é a inovação, de forma a facilitar a transformação do conhecimento científico em bens e serviços que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Mesmo já tendo alcançado a 13ª posição no ranking mundial de produção científica, nos rankings de competitividade o Brasil ainda ocupa posições periféricas.
 
Com vistas a melhorar substantivamente a capacidade de inovação, o MCTIC vem estimulando, em parceria com Organismos Internacionais e Governos e instituições estrangeiras, o desenvolvimento de novas tecnologias em setores estratégicos, como petróleo e gás, energias renováveis, aeroespacial, TICs, defesa, e em áreas como nanotecnologia e biotecnologia.
 
No campo das Comunicações, o MCTIC tem atuado concretamente em projetos que são fruto da cooperação com parceiros estratégicos, como a Espanha, na construção do cabo submarino que conectará o Brasil à Europa, a França, no Satélite Geostacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, e o Japão, com o padrão nipo-brasileiro de TV Digital.   
 
Nas últimas duas décadas, o Brasil ganhou ainda mais projeção no cenário internacional, nos planos político, econômico-comercial e cultural. A cooperação internacional em C,T,I&C também se ampliou, pari passu com o progresso alcançado internamente. Atualmente, além de procurar fortalecer a cooperação tradicional, com países desenvolvidos, buscou-se dinamizar as parcerias com nações emergentes, como a China e a Índia bilateralmente e no âmbito do BRICS. No contexto regional, esforços foram empreendidos para apoiar o processo de integração política, econômica e social, por meio da cooperação com a Argentina, no Mercosul e na Unasul. Buscou-se também reforçar a colaboração com países africanos, tanto no plano bilateral como no contexto de foros multilaterais, a exemplo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do Programa Pro-África.
 
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