Sistemas de Observação

O que é

Observar de forma continuada e sistemática como se comporta o oceano traz luz a como ele influencia o Planeta e a vida. Sem as observações de características como temperatura, salinidade, correntes, oxigênio e carbono, dentre inúmeras outras, nunca será possível entender como funciona a maior parte da Terra e muito menos obter melhores previsões de tempo, clima e eventos extremos, por exemplo.

O MCTIC apóia diversos sistemas de observação dos oceanos visando a coleta, controle de qualidade, distribuição operacional de dados oceanográficos e monitoramento oceanográfico e climatológico no Oceano Atântico Sul e Tropical.

Dentre esses sistemas podemos destacar os sistemas que integram o GOOS-Brasil como o PIRATA, MOVAR além de outros como SAMOC e SIMCOSTA.O monitoramento dos oceanos proporcionam uma oportunidade inestimável na observação de mudanças climáticas em escalas de tempo de variabilidade de baixa frequência.

Isto porque os oceanos têm um papel destacado na determinação do clima e tempo do planeta.

Este monitoramento permite ainda a avaliação do impacto das atividades humanas, especialmente aquelas relacionadas com a poluição marinha, o gerenciamento dos problemas marinhos relacionados às águas costeiras além de possibilitar a comunicação, transmissão, modelagem e disseminação de dados meteorológicos e oceanográficos.

PIRATA

Prediction and Research Moored Array in the Tropical Atlantic (PIRATA) é uma rede de observação in situ composta por boias fundeadas planejadas para monitorar uma série de variáveis dos processos de interação oceano-atmosfera no oceano Atlântico Tropical.

O projeto PIRATA é um programa de cooperação multinacional entre o Brasil, França e Estados Unidos.

Estes três países dividem as tarefas de implementação e manutenção da rede. Todos as boias fundeadas durante a parte piloto do estudo foram construídas pelo Pacific Marine Environmental Laboratory (PMEL) da NOAA.

Sua responsabilidade também inclui o envio, calibração e reparo dos equipamentos.

O suporte logístico para o desenvolvimento e manutenção da rede é dividida entre o Brasil e França. O Brasil é responsável pela manutenção do lado oeste da rede, e a França, do leste. O programa PIRATA é reconhecido e recomendado pela comunidade científica e programas de clima internacionais tais como o CLIVAR e GOOS.

SAMOC

O South Atlantic Meridional Overturning Circulation (SAMOC) é uma ação que envolve a África do Sul, Brasil, França, Argentina e os Estados Unidos, que contribuindo para uma matriz de monitoramento que está sendo construído em 34,5° sul, entre a África do Sul e Argentina.

O projeto busca acompanhar e monitorar as mudanças na re-circulação do Atlântico, com correntes superficiais transportando águas mornas para os pólos enquanto a água fria nas profundezas flui de volta para o trópicos.

MOVAR

Com início em 2004, este plano visa estabelecer atividades a serem desenvolvidas dentro do âmbito do Módulo I do programa GOOS-BR.

Com o encerramento do World Ocean Circulation Experiment (WOCE) em 2002 a pesquisa oceanográfica de meso e larga escala, com aplicações para estudos climáticos, estará centrada em programas como o Climate Variability (CLIVAR) e o GOOS.

Pelas próprias características destes programas, as linhas mestras da pesquisa oceanográfica voltar-se-ão para o estudo e monitoramento da variabilidade oceânica (MOVAR) em escalas mais longas de tempo (anos e décadas).

Estes estudos são fundamentais para melhorar a compreensão da já constatada influência dos oceanos no clima global.

SiMCosta

Para a criação e estabelecimento de sistemas observacionais costeiros eficientes é fundamental a ação de redes de pesquisas integradas e interinstitucionais, bem como a aplicação de tecnologias modernas. Nesta perspectiva, foi concebido o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta).

O SiMCosta foi projetado segundo os objetivos da Sub-rede Zonas Costeiras da REDE CLIMA e INCT para Mudanças Climáticas com o objetivo de viabilizar a construção de uma rede de monitoramento de parâmetros meteorológicos e oceanográficos na zona costeira (região de plataforma interna e estuários) brasileira para estabelecer padrões de variabilidade climática, tendências de longo período e modelar cenários possíveis causados por efeitos naturais e/ou antrópicos.

Legislação

Legislação pertinente aos Sistemas de Observação.

Outras informações

Coordenação Geral de Oceanos, Antártica e Geociências - CGOA.

Voltar ao topo